A Associação Nacional dos Consumidores de Energia (Anace) afirma que efeitos da pandemia devem interferir na tarifa de energia elétrica por cinco anos
A Associação Nacional dos Consumidores de Energia (Anace) divulgou no final do ano passado uma projeção de tarifas de energia elétrica para 2021. O levantamento identificou que os consumidores podem ter aumentos entre 3% e 8% em suas contas de luz.
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O percentual vai depender da distribuidora da área de concessão e do semestre em que o cálculo será feito. “As distribuidoras cujo reajuste está agendado para o primeiro semestre terão porcentagens maiores, entre 7% e 8%”, afirma Carlos Faria, diretor-presidente da Anace.
Faria explica que os reajustes decididos na primeira metade do ano serão mais altos, já que, em 2020, sofreram alterações antes da aplicação da chamada “conta-covid” – empréstimo concedido às distribuidoras para amenizar os efeitos da pandemia, aprovada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) em junho de 2020 e aplicada no segundo semestre. As distribuidoras cujo reajuste é programado para a segunda metade do ano já puderam contar com o auxílio e, por isso, devem ter reajustes entre 3% e 6% em 2021.
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Pandemia vai impactar tarifa de energia por cinco anos
A Anace destaca que a pandemia ainda vai impactar as tarifas de energia por pelo menos cinco anos. Além do parcelamento da “conta-covid” nesse período, não é possível obter ainda o cálculo total dos prejuízos causados pela crise sanitária.
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De acordo com a instituição, é preciso acompanhar e verificar até quando vai se estender o problema da sobrecontratação das distribuidoras por conta do recuo do consumo. Antes da pandemia, as concessionárias compraram energia para abastecer os próximos anos com base em projeções de crescimento que não se concretizaram.