País adicionou em 2021 aproximadamente 5,7 gigawatts (GW) de capacidade a partir de usinas de geração solar
O forte ritmo de crescimento da implantação de projetos de energia solar no Brasil – seja de sistemas de geração distribuída, seja de usinas de grande porte – garantiu ao país a 4ª colocação no ranking mundial de nações que mais acrescentaram capacidade da fonte fotovoltaica na matriz elétrica em 2021.
A informação foi apresentada em um mapeamento do Portal Solar, com base em dados divulgados pela Irena (Agência Internacional de Energias Renováveis) e pela Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica).
Segundo o levantamento, o Brasil adicionou em 2021 aproximadamente 5,7 gigawatts (GW) de capacidade a partir de usinas de geração solar, considerando tanto sistemas de geração própria em residências e empresas como grandes empreendimentos conectados ao SIN (Sistema Interligado Nacional).
Considerando esse volume, o país ficou atrás da China, que acrescentou 52,9 GW, dos Estados Unidos, com 19,9 GW adicionados, e da Índia, com expansão de 10,3 GW. Em relação à capacidade total de geração solar dos países, o Brasil subiu uma posição no ranking global, para a 13ª colocação. Segundo a Absolar, o país encerrou o ano passado com mais de 13,6 GW de potência operacional da fonte solar.
Marca histórica
Na semana anterior, a entidade havia anunciado que o Brasil superou a marca histórica de 15 GW de potência operacional da fonte solar fotovoltaica, considerando as usinas de grande porte e os sistemas de geração própria em telhados, fachadas e pequenos terrenos.
Desse total, 4,97 GW são provenientes de usinas solares de grande porte, o equivalente a 2,6% da matriz elétrica brasileira. Já o segmento de geração própria de energia responde por 10,03 GW de potência instalada da fonte solar. Juntos, grandes usinas e pequenos sistemas fotovoltaicos ocupam o quinto lugar na matriz elétrica brasileira.
De acordo com a Absolar, a fonte solar já trouxe ao Brasil mais de R$ 78,5 bilhões em novos investimentos. Somente os projetos de grande porte exigiram desembolsos de mais de R$ 26 bilhões desde 2012.
Já a míni e microgeração fotovoltaica consumiram até agora R$ 52,4 bilhões. Dessa forma, o setor afirma ter gerado mais de 450 mil empregos desde 2012 e evitado a emissão de 20,8 milhões de toneladas de CO2 na geração de eletricidade.
Investimento até janeiro de 2023 garante retorno financeiro mais rápido
O novo marco legal da geração distribuída, sancionado em janeiro deste ano, chegou para dar mais segurança jurídica aos consumidores de energia solar. As regras sofreram atualizações importantes, mas não impactaram de forma radical na atratividade do investimento em energia solar.
Em primeiro lugar, todas as pessoas que investiram em sistema fotovoltaico antes da sanção da lei continuam amparadas pela regra antiga, com isenção de taxas e a previsão de investimento intacta. Mas não para por aí. Quem investir na aquisição de energia solar até janeiro de 2023 também vai se enquadrar nestas mesmas regras antigas, cujo retorno do investimento se mostra mais rápido.
Caso você não consiga realizar o investimento dentro desta “janela” prevista pela lei, não se preocupe. Foi criada uma regra de transição que também beneficia quem adquirir energia solar após janeiro de 2023. Veja os detalhes aqui.