Empréstimos contraídos pelas concessionárias de energia já estão sendo repassados aos consumidores brasileiros (a Conta-Covid) – o que está elevando ainda mais a conta de luz
Em 2020, com a chegada da pandemia do novo coronavírus ao Brasil, as concessionárias de energia foram rapidamente impactadas. Houve, na época, uma redução quase que instantânea de consumo de energia elétrica no país – basta lembrarmos que as empresas, em sua maioria, tiveram que paralisar todas as suas operações.
Esse cenário inesperado, então, obrigou as concessionárias de energia a corrigir alguns rumos financeiros. Com a ajuda do governo federal, portanto, praticamente todas as empresas de energia elétrica contraíram empréstimos bancários para que o sistema elétrico brasileiro não entrasse em colapso. Mas, como em tudo nessa vida, alguém tem de pagar essa conta, não é mesmo?
Esses empréstimos, portanto, já estão sendo repassados aos consumidores brasileiros desde o ano passado. Esse pagamento, afinal, é o que chamamos de Conta-Covid.
Ao todo, foram repassados R$ 15 bilhões a 61 concessionárias, por meio de operações lideradas pelo BNDES..
Gaúchos já estão pagando pela Conta-Covid
Até 2025, todos os consumidores brasileiros irão pagar por esses valores, de forma diluída, em forma de “encargos setoriais” (é assim que o valor aparece na sua conta de luz). Aliás: os primeiros impactos das operações financeiras já começaram a ser sentidos nas tarifas dos gaúchos.
Na CEEE Equatorial e na RGE, por exemplo, as duas concessionárias que operam no Rio Grande do Sul, já reajustaram suas tarifas em 14% e 10%, respectivamente. O reajuste da CEEE, inclusive, ficou acima do índice de inflação de 2021. Neste aumento, já estão sendo repassados valores da Conta-Covid para seus consumidores.
Valores repassados às concessionárias do RS:
Distribuidora | Valor emprestado |
CEEE Equatorial | R$ 228 milhões |
RGE | R$ 241 milhões |
Como escapar da Conta-Covid?
Investindo em energia solar, sem dúvida. Em meio à escalada de aumentos tarifários, a energia solar desponta como a solução para a carga inflacionária da energia elétrica.
O investimento em energia solar faz com que a conta de luz tenha uma redução de até 95%. Ou seja: com a produção da própria energia, de forma limpa e renovável, o consumidor também fica livre de qualquer reajuste tarifário que venha a ocorrer.
Ou seja: além dos benefícios financeiros, o sistema fotovoltaico contribui para a redução da emissão de CO2 na atmosfera e para o desafogo do sistema elétrico brasileiro.