Daqui para frente, a empresa que deixar de lado ações sustentáveis não terá espaço competitivo em um mercado cada vez mais dominado por consumidores conscientes
Não é exagero afirmar que nenhuma empresa irá sobreviver sem uma adaptação ao chamado consumismo consciente. Mesmo sendo um fenômeno relativamente recente, o consumo racional, que leva em consideração fatores que vão além do produto em si, já alcançou patamares que podem impactar diretamente na maneira de administrar um negócio. Portanto, a empresa que não adotar ações transparentes na questão ambiental e na forma de produção vai ficar para trás – e corre o risco de não sobreviver.
Um consumidor consciente, em poucas palavras, é alguém que olha além do rótulo. São pessoas que querem saber mais sobre a empresa da qual estão comprando. Quando você compra algo de uma empresa, você está, essencialmente, financiando uma empresa para continuar fazendo o que ela está fazendo. Então, você gosta do que a empresa está fazendo? Essa é a pergunta que um consumidor consciente se faz – e, depois, faz pesquisas para descobrir a cadeia de produção de um item.
Em números, pesquisa confirma tendência de consumo consciente
De acordo com a pesquisa divulgada pela consultoria Nielsen, o consumidor brasileiro passou a adotar uma relação muito mais holística com a saúde e o meio ambiente, o que vem sendo refletido nas estratégias de marketing e nas vendas da indústria e do varejo brasileiro.
Como funciona a energia solar?
Os números mostram que a população brasileira está mais sustentável (42% está mudando seus hábitos de consumo para reduzir o impacto no meio ambiente), mais prática (55% dos entrevistados vai direto à loja para efetuar a compra), mais conectada (64% tem um smartphone), mais saudável (57% reduziu o consumo de gordura e 56% diminuiu a ingestão de sal), e mais negociadora (64% escolhe as marcas pelo baixo preço).
Segundo o estudo da consultoria, intitulado Estilos de Vida, o meio ambiente já aparece como uma das 10 principais preocupações do brasileiro, ficando atrás apenas da violência, serviços públicos, aumento no custo de vida, educação e economia. 73% dos consumidores considerados saudáveis afirmam que gastariam mais com marcas que se preocupam com o meio ambiente.
Para um terço da população brasileira, sustentabilidade já está entre as 3 principais preocupações do consumidor e 28% dos lares já adotam medidas saudáveis. Neste sentido, indústria e varejo têm buscado, cada vez mais, diversificar suas estratégias adquirindo novas marcas, reformulando produtos, lançando novos formatos de lojas, programas de reciclagem e gestão de suas operações. Há um futuro cada vez mais consciente ambientalmente, onde todos os processos que envolvem um produto passam a ter responsabilidade no âmbito das três esferas da sustentabilidade: econômica, social e ambiental.
Gerar energia limpa é ação sustentável fundamental
Uma das ações mais importantes para uma empresa é adotar a geração de energia renovável. Neste sentido, a energia solar aparece como a principal opção. A aquisição de um sistema fotovoltaico pode reduzir em até 95% o gasto com energia elétrica e diminuir drasticamente a emissão de CO2 da empresa. Em uma única ação, portanto, o negócio eleva sua competitividade e demonstra seu comprometimento com a preservação ambiental.
Proteção contra aumentos é outro benefício. Ter um sistema de geração pŕopria de energia significa ter independência energética. Na prática, trata-se de estar protegidos de eventuais reajustes na tarifa de energia elétrica – que, no Brasil, é uma das mais altas do mundo. Atualmente, o governo federal possui uma dívida de aproximadamente R$ 200 bilhões com as concessionárias de energia. Por conta disso, já está previsto um aumento robusto na conta de luz nos próximos 6 anos, somente para cobrir esta dívida. À medida que a inflação aumenta, o retorno do investimento vai sendo ainda mais rápido.
Por que agora? Não devo esperar mais um pouco?
Existem algumas razões pelas quais postergar o uso de energia solar não faz muito sentido. Políticas e incentivos favoráveis para a instalação de sistemas comerciais de painéis solares disponíveis hoje podem não existir no futuro. No Brasil, inclusive, é discutido um projeto de mudança na resolução que regula a geração de energia limpa.
A tecnologia atual já está bastante avançada, graças à inovação contínua das últimas décadas. Como resultado, é improvável que vejamos a mesma taxa – tão rápida – de aumento na eficiência dos sistemas solares fotovoltaicos. Em muitos casos, mesmo que políticas e incentivos melhores sejam implementados ou pequenas melhorias tecnológicas aumentem a produção de energia, o dinheiro economizado no curto prazo com a energia solar poderá facilmente superar os benefícios que seriam conquistados ao esperar.