Uso de energias limpas – como a solar fotovoltaica – é tema central da recuperação econômica verde para reduzir emissão de CO2 e gerar empregos
Com a pandemia de covid-19, declarada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) em março de 2020, o mundo entrou na recessão econômica mais profunda registrada desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), conforme o Banco Mundial.
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A crise exigiu dos países que elaborassem planos de retomada econômica para o pós-pandemia. E foi aí que ganhou força a ideia de recuperação verde, que propõe o resgate do crescimento com inclusão e o enfrentamento de problemas ambientais como a mudança climática.
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A ideia de recuperação verde tem relação com a de economia verde, definida pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente como “uma economia que resulta na melhoria do bem-estar da humanidade e igualdade social, ao mesmo tempo que reduz os riscos ambientais e a escassez ecológica”.
Os três pilares da economia verde
A economia verde é baseada em três pilares: baixa emissão de carbono – principal causa da mudança climática -, eficiência no uso de recursos naturais e busca pela inclusão social, com ofertas de empregos, adoção de novos padrões de consumo, uso de energia e tecnologias limpas e proteção da biodiversidade.
Com a pandemia de covid-19, defensores da economia verde afirmam que, apesar das adversidades da crise econômica, os planos de recuperação são uma oportunidade para investir em um modelo mais sustentável de desenvolvimento, que vem sendo discutido há décadas.
A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) usa o conceito de crescimento verde para discutir o tema. Para a entidade, além de proteger o ambiente, esse modelo deve ser mais produtivo e inovador que o que existe hoje.
Os países devem adotar políticas para que o crescimento econômico e a preservação ambiental se reforcem mutuamente, seja investindo na adoção de novas tecnologias, criando novos empregos “verdes” ou adotando medidas de regulação, como a criação de impostos sobre a poluição.
A Parceria para a Ação em Economia Verde (Page), programa da ONU lançado em 2013, enfatiza a importância da inclusão social para o sucesso da economia verde. Para o programa, o modelo deve buscar, junto com a sustentabilidade ambiental, a redução da pobreza e a criação de empregos decentes.
Focos de uma economia verde
Redução da emissão de CO2
Reduzir as emissões de gases de efeito estufa ligadas às atividades econômicas faz parte do combate à mudança climática. É possível reduzi-las adotando fontes renováveis de energia, tornando os meios de transporte elétricos e investindo em ações como o reflorestamento, que compensa emissões ao sequestrar carbono da atmosfera.
Adaptação a desastres ambientais
Adaptação também faz parte do combate à mudança climática: são as medidas que as sociedades podem adotar para se preparar para as alterações do clima, evitando ou moderando possíveis danos causados pelo aumento das temperaturas e por eventos como secas e inundações. Investir em infraestrutura mais resistente a desastres é um exemplo de medida de adaptação.
Bioeconomia
Citada com frequência em debates sobre economia verde, a bioeconomia é o conjunto de atividades que produzem itens com origem nos recursos naturais e fabricados com alta tecnologia. Entre eles, estão os biocombustíveis e os produtos biodegradáveis. Esse ramo se diferencia de outros setores porque faz uso racional dos recursos e busca substituir produtos feitos a partir de atividades poluentes por itens de origem limpa.
Economia circular
É um conceito que propõe a mudança dos padrões de produção e consumo – que hoje seguem um modelo linear, começando pela extração de recursos da natureza e terminando no descarte. Na economia circular, o ciclo de vida dos produtos se prolonga, e o descarte é trocado por novos usos. A reciclagem segue essa lógica.
Serviços ambientais
São os serviços (ou benefícios) prestados pela natureza, como a água usada na produção de energia ou a manutenção da qualidade do ar pelas florestas. Políticas públicas têm incentivado a proteção da biodiversidade pagando para que as pessoas mantenham esses serviços ambientais, como acontece no programa Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) no Brasil.