Pesquisas inovadoras podem encontrar formas de aumentar, em breve, a eficiência produtiva dos painéis solares em altas temperaturas
Pesquisadores da Universidade de Maryland estão desenvolvendo uma forma de “suar” os painéis solares, que permitiria um resfriamentos dos equipamentos e, consequentemente, um aumento da produção de energia. Liangbing Hu, cientista de materiais envolvido na pesquisa, afirma que o método é eficaz para modernizar as células solares e torná-las mais eficientes.
Mesmo que a pesquisa ainda precise avançar, o novo modelo de painéis solares pode aumentar a capacidade da produção de energia solar em cinco vezes na próxima década. O meio mais utilizado para converter a luz solar em eletricidade ainda é o silício. No entanto, as células de silício típicas podem converter cerca de 20% da energia do sol.
Jun Zhou, cientista de materiais da Universidade de Ciência e Tecnologia de Huazhong, também envolvido na pesquisa, afirma que, mesmo um ganho de 1% na eficiência de conversão de energia, já seria um grande benefício econômico.
Uso do vapor da água
Recentemente, outra frente de pesquisa, também nos EUA, descobriu a existência de materiais que podem sugar o vapor de água do ar e condensá-lo em água potável. Entre eles, existe um gel que absorve o vapor d’água à noite e o libera durante o dia, à medida que o calor aumenta. Quando coberto com plástico, o vapor liberado é condensado novamente em água e coletado em um recipiente.
A equipe de pesquisadores decidiu usar essa água coletada como um componente de resfriamento para os painéis solares. Para conseguir isso, a equipe pressionou uma folha de gel contra a parte inferior de um painel solar de silício. Durante o dia, o gel usasse o calor do painel solar para evaporar a água coletada na noite anterior.
Outro modelo
Peng Wang, engenheiro ambiental da Universidade Politécnica de Hong Kong, pode existir um outro uso para o líquido condensado. A água em evaporação, segundo ele, esfriaria o painel solar de maneira análoga ao suor que evapora da pele e resfria o corpo. O pesquisador descobriu que a quantidade de gel necessária depende, principalmente, da umidade do ambiente.
Em outra alternativa, Wang sugeriu uma instalação que pudesse reter e recondicionar a água após a evaporação do gel. A solução poderia resolver um segundo problema de consumo de energia ao mesmo tempo. Alternativamente, essa mesma água pode ser armazenada para beber, solucionando outra necessidade, especialmente em regiões áridas do mundo