Em abril deste ano, o ônibus movido a energia solar completou o equivalente a três voltas ao mundo – custo do veículo é equivalente a um quarto de carros a diesel
Lá em 2016, a necessidade de otimizar o tempo em uma distância de 26 quilômetros entre um laboratório de pesquisa e o campus central de uma universidade foi o estopim para a criação do primeiro ônibus elétrico totalmente abastecido com energia solar no Brasil.
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Desde então, o eBus, vem transportando rotineiramente estudantes e professores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC),em viagem circular. Já no final de abril deste ano, o ônibus completou o equivalente a três voltas ao mundo, em mais de 120.000 quilômetros rodados. A perspectiva, portanto, é replicar modelo para as linhas de transporte público, em todo o país.
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Quatro vezes mais barato que o diesel
Com a proposta de deslocamento produtivo, o eBus, no modelo Torino, vem funcionando como uma estação de trabalho móvel. Além disso, funciona como uma sala de reunião, com mesas, poltronas, tomadas e rede wi-fi.
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A otimização de tempo de trabalho foi comprovada pelos acadêmicos, embora o resultado mais chamativo seja o baixo custo do quilômetro rodado, equivalente a um quarto do veículo a diesel (hoje com preço médio de 7,44 reais).
Sendo um veículo elétrico, a energia não acaba quando o ônibus está parado no trânsito, salvo os sistemas auxiliares como o ar-condicionado. Entretanto, essa economia energética nem seria necessária, pois o carregamento de uma hora já é suficiente para rodar o trajeto.
As placas solares instaladas no centro de pesquisa alimentam o veículo, embora o carregamento pode ser feito em qualquer parque solar ou mesmo em outras fontes para carregamento elétrico.
Ônibus faz cinco viagens circulares por dia
A especificação técnica do veículo foi realizada pelos pesquisadores do Centro de Pesquisa e Treinamento em Energia Solar, da UFSC. Já a montagem do eBus foi feita pelas empresas WEG, Marcopolo, Mercedes e Eletrabus. Desde de dezembro de 2016, o ônibus faz cinco viagens circulares por dia. Com exceção do período de pandemia, quando as atividades presenciais na universidade foram suspensas.
Outro detalhe, na geração de energia, é o chamado “freio regenerativo”. Toda vez que o motorista tira o pé do acelerador ou pisa no pedal do freio, a energia cinética – do movimento do ônibus – recarrega as baterias. Conforme estimativa do Centro de Pesquisa da UFSC, até 30% da energia do ônibus vem do movimento da frenagem.
Desenvolver e rodar o eBus em Florianópolis é um bom indício do potencial da energia solar como fonte de carregamento de veículos elétricos pelo país. O objetivo final do grupo de pesquisa da UFSC é que as licitações municipais de renovação de frotas de ônibus, ao redor do país, possam usar o veículo como modelo. Os pesquisadores, portanto, almejam uma renovação gradativa das frotas nos municípios.