Mito. Os painéis solares nunca deixam de produzir, mas podem perder mais eficiência em temperaturas extremamente altas, próxima dos 50°C
É fato que hoje o mundo caminha rapidamente em direção às energias renováveis para a geração de eletricidade, principalmente para reduzir os graves efeitos do aquecimento global. A energia solar e a eólica, sem dúvida, estão no topo da lista.
As fontes limpas, apesar da mudança de paradigma energético que trazem consigo, também despertam muitas dúvidas nos consumidores. Afinal, são tecnologias novas, que ainda precisam ter informações sobre seu modelo de funcionamento mais difundidas.
Como funciona a energia solar?
Um exemplo: ainda é uma crença comum que, com o aumento das temperaturas em todo o mundo, o impacto disso na geração de energia solar seria positivo, o que não é uma verdade. Temperaturas extremas, acima de 50°C, podem atrapalhar a eficiência da produção energética. Nesta temperatura, a perda de eficiência pode chegar aos 10%, o que é considerada uma queda significativa.
Mas são temperaturas que – ainda bem – estão distantes da realidade brasileira. No país, temos verões perfeitos para a geração de energia solar – não à toa é a estação em que os sistemas batem recordes de produção.
Temperatura amena é a ideal
As células fotovoltaicas começam a funcionar quando os fótons dos raios solares ativam os elétrons nos painéis solares. Ou seja, os elétrons mudam sua forma do estado de repouso para o estado de trabalho, o que resulta na geração de energia. Essa energia, então, é capturada pelas células.
Quando a temperatura aumenta a níveis muito elevados, acima dos 50°C, o estado de repouso dos elétrons aumenta. Como resultado, a diferença de tempo entre o estado de repouso e o estado de trabalho é menor. Portanto, os painéis produzem um pouco menos energia.
Tem alguma dúvida sobre energia solar? Comente no post e sua pergunta será a próxima a ser respondida na série “Mito ou verdade”.