Há duas principais formas de geração de energia solar no mercado brasileiro: Geração Centralizada e Geração Distribuída – entenda as diferenças
Embora a energia solar esteja em um acelerado processo de consolidação no Brasil, é sempre importante esclarecer alguns aspectos sobre o setor fotovoltaico. Muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre o funcionamento desta tecnologia sustentável e – talvez por causa desse desconhecimento – ainda tenham receio de investir na geração de energia fotovoltaica.
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Dito isso, vamos entender de forma clara como funciona o mercado de energia solar no país? Basicamente, temos um mercado dividido em dois tipos de comercialização.
Geração Centralizada
Há duas principais formas de geração de energia solar no Brasil. Uma delas é a chamada geração centralizada, que normalmente se refere a grandes centros de energia solar. Por exemplo, são as grandes usinas solares, com alta capacidade de produção.
Essa energia é comercializada em duas frentes. Uma é diretamente com os clientes, em ambientes de contratação livre. Por exemplo, uma empresa que deseja contratar energia com uma usina de energia elétrica solar. Ela firma um acordo diretamente com essa usina.
É possível também comercializar esse tipo de energia em leilões regulados pelo governo federal. Nesse caso, então, é necessário seguir processo licitatório.
Geração Distribuída
A outra forma de geração de energia no país é a chamada geração distribuída. Trata-se de uma produção descentralizada de energia, baseada em geração de pequeno e médio porte.
É o caso, por exemplo, de casas abastecidas com painéis fotovoltaicos colocados sobre o telhado. Residências, empresas, prédios públicos e estabelecimentos rurais e comerciais podem ter pequenos sistemas de geração de energia elétrica solar.
Há cerca de 1,2 milhão de pontos de geração distribuída de energia solar no Brasil em 2022. Eles estão concentrados da seguinte forma, conforme a Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica):
– Residências representam 78,4% das conexões
– Estabelecimentos de comércio ou serviços representam 11,8% das conexões
– Consumidores rurais representam 7,7% das conexões
– Indústrias representam 1,7% das conexões
– Prédios públicos representam 0,3% das conexões
Dentro da Geração Distribuída, há o sistema de créditos
Na maior parte dos casos, aliás, essas pequenas estações ficam conectadas ao SIN (Sistema Interligado Nacional). Essas unidades produzem e consomem energia ao mesmo tempo. Quando a produção supera o consumo, então, esse excedente pode ser injetado no sistema nacional, ajudando a abastecer outros consumidores. A palavra usada para referir a essa mistura de produtor com consumidor é “prosumidor”.
Isso não significa que esses locais não consomem energia de outras fontes. Como não é possível gerar energia solar durante a noite, então os consumidores acabam usando, nesses momentos, energia que vem das distribuidoras, e que pode ter origem hidrelétrica, termelétrica ou de outra fonte.
Mas, se injetarem energia elétrica no sistema durante o dia, acabam sendo recompensados financeiramente por isso, via créditos junto à empresa distribuidora. Esses créditos podem ser abatidos do valor cobrado ao final do mês. Por isso, a conta de luz de quem tem painéis fotovoltaicos instalados pode ser bem menor do que a de quem só consome energia vindo das distribuidoras.