Estudo indica que a energia solar irá crescer, em média, 12% ao ano, ao passo que a energia eólica aumentará em mais de 8% ao ano
Um estudo da Statkraft, lançado recentemente, afirma que a energia fotovoltaica ultrapassará as fontes hidrelétrica, eólica e de carvão a partir de 2035. Isso irá ocorrer devido aos menores custos de produção, à facilidade de construção das usinas devido à maior flexibilidade em termos de localização.
O estudo realizado também projeta que, até 2050, a capacidade no segmento de energia mundial irá triplicar. As energias renováveis possuem um papel importante nesse cenário. A pesquisa indica que a energia solar irá crescer, em média, 12% ao ano, ao passo que a energia eólica aumentará em mais de 8% ao ano. Por outro lado, a energia hidrelétrica avançará de modo mais lento, com uma média de 1,5% ao ano.
Como funciona a energia solar?
De acordo com o relatório, em 2050, caso as tecnologias de baixa emissão estejam em vantagem, 80% do total de geração de energia global será composto pelas energias renováveis. Desse percentual, 66% será produzido por fontes variáveis, como eólica e solar.
Além da mudança climática, a baixa dos custos e a maior capacidade das energias renováveis estimulam essa transição energética.
Solar e eólica com 35% de participação na geração elétrica no Brasil até 2035
De acordo com Fernando De Lapuerta, CEO da Statkraft no Brasil, até 2030, as fontes solar e eólica irão suprir 20% do total da eletrificação brasileira, podendo chegar a 35% até 2050. O estudo também traz a expectativa de que, em 2050, praticamente todos os novos veículos serão fomentados pela energia elétrica e 60% dos automóveis mais pesados irão trabalhar por meio de hidrogênio ou baterias.
Além disso, quando não for mais possível contar com a eletricidade para os processos industriais de elevado aquecimento ou para o transporte de longa distância, haverá o protagonismo das variadas formas do hidrogênio livre de emissão, como a amônia.
Ainda segundo as análises dessa pesquisa, o futuro contará com o destaque do uso das baterias, que terão seus custos reduzidos em 70%, já que haverá uma grande adesão aos veículos movidos por energia elétrica.