Estudo do Fórum Econômico Mundial apresenta programa para levar energia a comunidades vulneráveis – energia solar, segundo especialistas, é a solução
Com coordenação, esforços conjuntos e mecanismos de financiamento, a energia elétrica poderia chegar aos mais vulneráveis do mundo. É o que afirma um estudo do Fórum Econômico Mundial. De acordo com a entidade, cerca de 600 milhões de pessoas na África não têm acesso à eletricidade. Com base na pesquisa do órgão, essa energia poderia ser fornecida – de forma sustentável e econômica – por meio da energia solar.
Como funciona a energia solar?
Os argumentos para ampliar o acesso à energia solar são convincentes. Em primeiro lugar, a energia solar é cada vez mais acessível (os custos caíram cinco vezes na última década) e mais viável para as comunidades pobres do que a alternativa atual: geradores a diesel insalubres e poluentes, que são caros de operar e aumentam as emissões de carbono.
Para isso, de acordo com a entidade, os modelos de financiamento teriam de ser repensado no mundo. Não são problemas intransponíveis. No entanto, a inovação financeira pode criar projetos “investíveis”, que podem oferecer um perfil prático de risco-retorno aos investidores.
1- Redução do risco do investimento
De acordo com o Fórum Econômico Mundial, os mecanismos para diminuir o risco de investimento incluem, entre outros: assegurar compromissos de aceitação de organizações humanitárias para garantir a compra de uma quantidade mínima viável de energia e oferecer garantias de empréstimos que permitem às empresas de energia solar ter acesso ao crédito a taxas razoáveis.
2 – Colaboração intersetorial
As organizações internacionais e ONGs devem reunir seus conhecimentos e fazer parceria com instituições financeiras para identificar e estruturar oportunidades de investimento no local – e garantir que os investidores estejam cientes dessas oportunidades.
3 – Ativando a regulamentação
Os governos devem elaborar políticas regulatórias e de refugiados que possam atrair investidores para soluções de energia solar.
4 – Colaboração público-privada
As empresas solares devem colaborar com organizações internacionais para garantir que seus serviços atendam às necessidades humanitárias.
5 – Investimentos sistêmicos de longo prazo
A longo prazo, incentivos também devem ser criados para permitir que o capital privado faça investimentos sistêmicos em tudo, desde saúde e educação até empregabilidade e microfinanças – investimentos que podem aumentar a resiliência, promover o desenvolvimento econômico, ajudando assim a prevenir as condições que estimulam a migração no primeiro lugar.
Levar energia para comunidades vulneráveis não é impossível. Com coordenação, esforços conjuntos de todas as partes interessadas e os mecanismos de financiamento adequados, as pessoas deslocadas podem sair de um mundo onde a insegurança e a pobreza são a norma para um onde podem começar a reconstruir suas vidas.