Do total dos sistemas de energia solar distribuída, 73,6% estão instalados em imóveis residenciais – comércios respondem por 16,6% do total de consumidores, seguidos pelo setor rural, 7%, e pela indústria, 2,4%
O Brasil atingiu a marca de 500 mil unidades consumidoras de energia solar distribuída. Geração Distribuída (GD) é o nome que se dá aos sistemas instalados em telhados, fachadas de edifícios ou pequenos terrenos, por exemplo. Desse total, 73,6% estão instaladas em residências, segundo a Associação Brasileira de Energia Solar (Absolar).
Os pequenos comércios já respondem por 16,6% do total de consumidores, seguidos pelo setor rural (7%), e pela indústria (2,4%). O restante – menos de 0,5% – se refere ao consumo de prédios públicos. Para atender as 500 mil unidades, já foram instalados 400 mil sistemas solares, somando investimento de R$ 23,1 bilhões.
De acordo com Rodrigo Sauaia, presidente da Absolar, mesmo tendo atingido meio milhão de unidades de consumo, ainda é um volume pequeno em comparação com o potencial do Brasil. Significa que apenas 0,5% dos brasileiros estão fazendo uso da geração distribuída.
Comparação com Austrália
Sauaia dá como exemplo a Austrália, também um país continental, que tem 2,5 milhões de sistemas de geração distribuída instalados para uma população de 25 milhões de habitantes. Lá, um em cada cinco habitantes tem geração solar distribuída. Para chegar na mesma proporção, o Brasil teria de ter 20 milhões de sistemas.
No ano passado, mesmo em meio à crise da covid-19, o segmento de geração distribuída adicionou 2 gigawatts (GW) de potência instalada ao sistema elétrico brasileiro. Para este ano, a previsão é de mais 3 GW. No acumulado desde 2012, a geração distribuída soma 4,8 GW.