Brasil tem capacidade de aumentar energia solar em 100 vezes, diz diretor da Petrobras 

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Mauricio Tolmasquim avalia que o país tem nas fontes renováveis, principalmente a energia solar, uma oportunidade única de crescimento a nível global

O diretor de sustentabilidade da Petrobras, Mauricio Tolmasquim, disse que o Brasil possui capacidade suficiente para aumentar a oferta de energia solar em 100 vezes.  

A afirmação foi feita durante o seminário “Energia limpa: A transição energética no Brasil”, realizado pela Folha de S. Paulo nesta segunda-feira (19). 

Na semana passada, a capacidade instalada fotovoltaica nacional superou a marca dos 39 GW, segundo dados da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica). 

De acordo com o executivo, todo esse volume de energia solar em operação – que soma as potências das usinas de geração distribuída e centralizada – já é relevante, mas deverá aumentar em larga escala nos próximos anos. 

Tolmasquim também chamou atenção para o potencial de crescimento de outras fontes limpas no país, como biomassa e eólica (onshore e offshore).  

“Temos um potencial de recursos (renováveis) não apenas em quantidade, mas em qualidade, o que nos permite ter baixo custo”, disse ele.  

“Enquanto nos demais países – que estão tendo que aderir a transição energética – várias dessas fontes significam um ônus para o consumidor ou para o Tesouro na hora de implantá-las, no Brasil esse ônus praticamente não existe, porque aqui são fontes extremamente competitivas”, destacou. 

Segundo Tolmasquim, cerca de 15% da energia consumida hoje no mundo vem das fontes renováveis, enquanto que no Brasil esse percentual é de quase 50%.

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“Se olharmos para a energia elétrica, a diferença para o restante do planeta é ainda maior. O mundo está com cerca de 30% de participação de renováveis e o Brasil ultrapassou os 90% no ano passado”, disse ele. 

Por esse motivo, o profissional avalia que o país não pode perder a oportunidade de investir recursos no fomento das energias limpas.  

“É uma grande oportunidade que esse país tem de liderança e de exemplo à nível mundial no contexto geopolítico. Temos que desenvolver ainda mais essa nossa capacidade de geração renovável”, pontuou.  

Hidrogênio verde 

O diretor de sustentabilidade da Petrobras disse ainda durante o evento que o hidrogênio verde tem tudo para fazer do Brasil um país com ainda mais destaque internacional no setor de energia.  

Tolmasquim citou um estudo divulgado pela Bloomberg que pontua que em 2030 é esperado que o hidrogênio verde seja mais competitivo e barato no Brasil do que o hidrogênio cinza (obtido a partir da queima do gás) em outros países. “É algo revolucionário e disruptivo”, afirmou. 

“Quando eu pensava em hidrogênio, olhava o Brasil e imaginava o país exportando para a Europa. Hoje, já mudei a minha cabeça. Talvez iremos começar a exportar, porque, no momento, a Europa conta com subsídios que trazem maior competitividade. Mas, se realmente caírem os custos da maneira como é projetado, o Brasil é um mercado potencial para o nosso hidrogênio verde”, afirmou. 



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