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O que o Brasil pode aprender com a Austrália, que se tornou uma potência em energia renovável

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Com política agressiva de incentivo por parte dos estados, a Austrália também se tornou uma potência da energia renovável e serve de exemplo para o mundo

A Austrália é o segundo maior exportador mundial de carvão, minério que desempenha um papel importante na economia do país. Discretamente, porém, o país também já se tornou uma potência da energia renovável. Cerca de uma em cada quatro casas australianas tem painéis solares no telhado, índice maior do que em qualquer outra grande economia. E a taxa de instalações supera em muito a média global.

Como funciona a energia solar? 

O país está bem à frente da Alemanha, do Japão e da Califórnia (EUA), que são considerados líderes em energia limpa. Na Califórnia, que lidera os estados americanos no uso de energia solar, menos de 10% dos clientes de serviços públicos têm painéis solares no telhado.

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Mas a maioria dos australianos que adotou a energia solar não o fez por razões simplesmente altruístas, como querer combater as mudanças climáticas. Muitos estão apenas “aproveitando” os incentivos oferecidos pelos governos estaduais na ausência de uma abordagem federal coordenada, a uma queda acentuada no preço dos painéis solares nos últimos anos e a um aumento nas tarifas de eletricidade.

“As pessoas estão fazendo isso porque querem economizar dinheiro”

Em dois dos estados mais populosos do país – Queensland e Nova Gales do Sul – cerca de metade das casas tem painéis solares. “O futuro para Nova Gales do Sul e, de fato, para o país, é aquele em que nossa energia vem do sol, do vento e do bombeamento da água, não apenas porque isso é bom para o meio ambiente, mas porque é bom para a economia. Essa é uma das razões pelas quais temos a maior penetração de energia solar nas residências em comparação com qualquer outro lugar do planeta. As pessoas estão fazendo isso porque querem economizar dinheiro”, disse Matt Kean, ministro de Energia e Meio Ambiente de Nova Gales do Sul.

A Austrália limitou as metas federais para conter as emissões de carbono. O primeiro-ministro, Scott Morrison, defende a indústria do carvão, que no ano passado exportou mais do que todos os outros países – com exceção da Indonésia, de acordo com a Agência Internacional de Energia. No ano passado, o governo aprovou um grande projeto para enviar a commodity para a Índia.

Mas muitos governos estaduais optaram por uma abordagem bem diferente. Depois que o governo federal falhou em adotar uma política de energia renovável no início dos anos 2000, os estados australianos começaram, por conta própria, a aplicar políticas climáticas agressivas e dar incentivos aos proprietários para a compra de painéis solares e, mais recentemente, de baterias para armazenamento de energia.

Esses incentivos deram início a um boom, e os painéis solares nos telhados fornecem regularmente cerca de cinco por cento da eletricidade da Austrália, em comparação com pouco menos de um por cento nos Estados Unidos. Está aí, portanto, um exemplo a ser seguido por países como o Brasil.



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