Desde 2015, as bandeiras tarifárias são mais um artifício para elevar ainda mais o valor da conta de luz por causa da falta de água nos reservatórios das hidrelétricas
Não tem como explicar o funcionamento das bandeiras tarifárias sem antes dar um passo atrás e lembrar um pouco da matriz elétrica do Brasil, que é predominantemente hídrica. E o que isso significa? Significa que a maior parte da energia gerada e consumida no país vem das grandes hidrelétricas. Isto é: quer dizer que a produção de energia elétrica está sempre vulnerável ao clima.
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Portanto, quando chove pouco ou o consumo aumenta muito, o reservatório das hidrelétricas fica pressionado – ou seja, fica em em risco ou em patamares críticos. Diante disso, o suprimento de energia elétrica começa a ficar mais caro.
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Para alertar e conscientizar o consumidor, o governo precisa sinalizar para o consumidor qual é a real situação dos reservatórios da hidrelétricas. Afinal, a produção de energia depende deles. Foi então que, em 2015, foram criadas as bandeiras tarifárias, cujo objetivo é dar o que chamamos de “sinal de preço”.
Quais são as bandeiras tarifárias?
Se o reservatório está num nível bom, a gente fica numa bandeira tarifária verde, sem nenhum acréscimo para consumir energia.
Se o governo começar a suspeitar que os reservatórios podem passar por um período de dificuldade, a bandeira vai ser amarela – ou seja: um momento de alerta e atenção. A bandeira amarela gera um aumento pequeno na conta de luz..
Se o nível da água nos reservatórios entra em um estado crítico, entramos na bandeira vermelha. Ou seja: alerta total, estamos quase sem água para gerar energia elétrica. A bandeira vermelha é divida em dois tipos: patamar 1 e patamar 2 (hoje chamada de bandeira de “escassez hídrica”).
Quando estamos numa bandeira de “escassez hídrica”, por exemplo, é cobrada uma taxa extra de R$ 14,20 para cada 100 kilowatt-hora (KWh) consumidos. Isso representa um aumento de 50% em relação à bandeira vermelha patamar 2, até então o maior patamar, no valor R$ 9,49 por 100 kWh.
Com energia solar: você não sente o impacto das bandeiras e ajudo o país
Quando o consumidor gera a própria energia, ele está tendo um benefício adicional no momento da incidência dessa bandeira tarifária. Por quê? Porque a economia vai crescer ainda mais.
Quando geramos a própria energia, pagamos a bandeira tarifária não mais sobre tudo o que se consome da distribuidora, mas somente sobre o valor líquido da conta de luz.
Um exemplo: você consumiu em agosto 1000 quilowatt/hora da distribuidora, mas gerou com seu sistema fotovoltaico 800 quilowatt/hora. Ou seja, você vai pagar a bandeira tarifária somente sobre os 200 quilowatt/hora – que é a diferença entre o que você consumiu e o que você gerou.
Então, é uma economia bastante significativa. Mas não é só isso.
Existe um benefício que vem pra sociedade como um todo. A geração de energia solar ajuda a aliviar a pressão sobre os reservatórios de hidrelétricas porque teremos de despachar menos energia dessa fonte, uma vez que existe uma parte da energia consumida que está vindo de fontes de energia limpa, como o seu sistema fotovoltaico.