No fim de 2018, o Rio Grande do Sul ganhou duas novidades de pesquisa interessantes. Foram lançados os atlas solares do governo estadual, construído pela secretária de Minas e Energia, e da Universidade estadual do Rio Grande do Sul (Uergs). Ambos os docuemntos de pesquisa são um importante instrumento para utilização no desenvolvimento de políticas públicas e no incentivo ao uso da energia do sol para a produção de energia elétrica ou para o aquecimento de água.
Como funciona a energia solar? Entenda.
Lançado em dezembro, o atlas solares feito pelo governo gaúcho exibe as informações detalhadas do potencial de radiação solar. Ele aponta os locais mais adequados para a implantação de sistemas de produção de energia a partir da energia solar. O trabalho é complementar a outros, tais como os Atlas Eólico (2014) e das Biomassas (2016).
O RS é considerado vice-líder nacional em potência fotovoltaica instalada. Entre as informações mais importantes do mapeamento, está a capacidade de incrementar o desenvolvimento econômico e humano através da atração de novos investimentos.
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Entre os apontamentos, o Atlas Solar mostra que com a utilização de apenas 2,1% da área não urbana do estado, considerada apta para instalação de projetos fotovoltaicos, é possível instalar uma potência de 23GW de energia fotovoltaica e produzir, anualmente, cerca de 34TWh de eletricidade. O número é equivalente à média do consumo gaúcho de energia elétrica registrada nos últimos sete anos, incluindo as perdas do sistema.
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UERGS: outra opção de atlas solar do Rio Grande do Sul
Em novembro, foi a vez do Grupo de Pesquisa em Radiação Solar e Ciências Atmosféricas da Uergs lançar o primeiro Atlas Solar do Rio Grande do Sul. A publicação, que foi desenvolvida com o apoio do Fundo de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs) e do CNPq, é uma fonte de pesquisa sobre o potencial da energia solar do estado e uma ferramenta para a elaboração de projetos que utilizem esse tipo de energia, bem como para investimentos na área.
Elaborado com base em dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o Atlas surge em um momento em que a energia solar se destaca nas discussões sobre o uso de energias renováveis. Segundo dados de um relatório divulgado pela ONU Meio Ambiente, em 2017 a energia solar agregou mais capacidade de geração elétrica do que a energia gerada por combustíveis fósseis: foram 98 GW, enquanto usinas de carvão, no mesmo período, geraram 35 GW; a energia nuclear gerou 11 GW e o petróleo, 3 GW. No mesmo relatório, percebeu-se um aumento nos investimentos na área da energia solar: foram 160,8 bilhões de dólares, um aumento de 18% em relação a 2016.