Adoção de medidas ambientais concretas, como a geração de energia limpa, são ações que precisam ser adotadas para manter e elevar a competitividade no mercado
Reduzir a pegada ecológica de uma empresa tornou-se um dos maiores ativos do mercado. Em 2022, não há como projetar um modelo de crescimento e de conquista de novos clientes sem pensar em medidas concretas de redução da interferência produtiva no meio ambiente. Ou seja: a implementação de ações sustentáveis virou item de sobrevivência de uma empresa no mercado. Em muitos casos, o verdadeiro valor de um negócio está cada vez mais ligado à sua capacidade de reduzir seu impacto ambiental.
E por que isso ocorre? Há uma conjunção de fatores que estão levando as empresas a repensarem seu modelo de produção. O mais visível, sem dúvida, é o aumento dos impactos do aquecimento global em diversas regiões do mundo, que tem resultado em catástrofes naturais com perdas de vidas. O comprometimento cada vez mais concreto das principais potências do mundo com a sustentabilidade também impulsiona e acelera a adoção de novas formas de produzir dentro das empresas.
Há, claramente, um movimento de mudança no perfil dos compradores do mundo. Estamos falando dos chamados ¨consumidores conscientes¨, um grupo que cresce de forma exponencial e que tem, de forma natural, ditado as regras do modo como as empresas precisam atuar para sobreviver: acima de tudo, preservando ao máximo os impactos sobre a natureza.
Indústria é a principal emissora de CO2 no Brasil
Todas as atividades econômicas emitem gases de efeito estufa na atmosfera. Trata-se de uma ação inevitável para uma empresa e, por isso, muitos negócios geram impacto sobre o meio ambiente. Essas emissões, normalmente medidas a partir da quantidade de dióxido de carbono (CO2) lançadas direta ou indiretamente, é o que chamamos de pegada de carbono. Quando liberado em grandes volumes, o CO2 acumula na atmosfera do planeta, provocando mudanças climáticas – portanto, reduzir a pegada de carbono é essencial para a preservação do planeta.
Alguns segmentos têm uma pegada de carbono maior, como aqueles que utilizam combustíveis fósseis, considerados grandes emissores de CO2 e os vilões das mudanças no clima global. A indústria é a área de negócios com maior impacto ambiental no Brasil. De acordo com dados do GHG Protocol, a indústria de transformação é responsável por 89,1% das emissões de CO2.
Isso ocorre, principalmente, pelo uso maciço de fontes energéticas fósseis, como o carvão mineral, gás natural e o petróleo. Em seguida, aparece a indústria extrativista de mineração, com 9,8% das emissões de dióxido de carbono realizadas pela economia brasileira. Na prática, isso significa que quanto maior a pegada de carbono de uma empresa, mais ela está contribuindo para mudanças nocivas ao meio ambiente.
Os primeiros passos para reduzir a pegada ecológica
Há uma série de medidas – pequenas, médias e grandes – que podem ser adotadas por uma empresa com a finalidade de reduzir a pegada ecológica. A informatização dos processos, o uso de carros elétricos e as práticas sustentáveis de consumo e descarte são exemplos que impactam diretamente na emissão de CO2 na atmosfera. Portanto, avaliar de forma minuciosa todos os processos internos e identificar possíveis adaptações é o primeiro passo para implementar mudanças sutis, mas que terão um grande impacto no resultado final.
A escolha pela geração de energia limpa para abastecer a produção talvez seja a principal medida concreta para uma empresa E a energia solar fotovoltaica é um bom exemplo. Afinal, uma energia renovável faz com que a emissão de gases poluentes, como o CO2, seja mínima. É possível, aliás, suprir 100% da demanda energética com a produção de energia solar.
O sol é uma fonte inesgotável e renovável de energia, permitindo que empresas mantenham seus processos com mais sustentabilidade, reduzindo o impacto ambiental e sua pegada de carbono. Além disso, é uma fonte de energia mais econômica, resultando em queda de energia até 95% no custo de energia elétrica.