Dados do Ministério de Minas e Energia revelam ainda que quantidade de geração solar distribuída triplicou este ano em relação a 2020
Até o fim de 2021, a geração de energia solar deve chegar a 18 terawatts (TWh). Ou seja: um aumento de 67% com relação aos 10,7 TWh medidos em 2020. Os dados constam no Boletim Mensal de Energia, divulgados em agosto pelo Ministério de Minas e Energia.
A medida alivia o peso dos altos índices de aumento nas contas de luz. Conforme dados de outubro do IBGE, os brasileiros sentiram este ano no bolso uma alta de 24,97% no valor da energia elétrica. Junto com o gás de cozinha, que acumulou aumento de 31,65% em 2021, itens considerados básicos vêm corroendo o poder de compra do consumidor. E ele, portanto, vem buscando cada vez mais alternativas para economizar.
Pensando nessa perspectiva, e também atendendo ao compromisso do Plano Nacional de Energia 2050 (PNE 2050), que prevê nortear as decisões de política energética a longo prazo, o governo federal reduziu, até o fim do ano, os impostos sobre painéis solares e outros equipamentos para geração de energia limpa. Dados da PNE 2050, extraídos da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), apontam que o Brasil tem grande potencial para a instalação de equipamentos de geração de energia solar e já corresponde a três gigawatts em potência instalada.
Desconhecimento impede aumento do uso da energia solar no país
Embora a energia solar seja uma tendência, ainda existem algumas dúvidas que freiam o crescimento dessa modalidade. Muitos se perguntam se os painéis param de produzir em dias nublados ou chuvosos. A resposta é que a produção de energia solar não é interrompida totalmente, visto que alguns raios conseguem atravessar a parede nublada e continuar seu trabalho na geração de energia.
Caso essa geração não seja suficiente para suprir a sua demanda, não há motivo para se preocupar. Aliás: é neste momento que os créditos de geração de energia, produzidos quando seu sistema gera mais energia do que consome, começam a ser consumidos.
Outro ponto que permanece de maneira equivocada no imaginário popular é de que a energia solar fotovoltaica não é viável economicamente. Estudo intitulado “Análise da expansão da energia solar fotovoltaica no Brasil” detalha que o tempo de retorno com a utilização dessa tecnologia é de aproximadamente quatro anos (média) e que sua duração é de até 30 anos. Outro detalhe revelado é que esse tipo de fonte já apresenta redução de aproximadamente 30% no custo de aquisição.