Painel solar batizado de SunBot foi criado por pesquisadores da Universidade da Califórnia e da Universidade Estadual do Arizona – girassóis solares artificiais podem coletar até 400% mais energia do sol
Cientistas residentes nos Estados Unidos divulgaram recentemente o desenvolvimento de um girassol artificial que responde à luz solar e pode gerar energia. Batizado de SunBot, o experimento consiste em um caule feito de um material que reage à luz e tem uma flor de captação de energia na parte superior, que é feita de silício de material absorvedor de luz, normalmente usado em células solares.
Curiosamente, o dispositivo tem menos de 1 milímetro de largura. E funciona da seguinte maneira: quando uma parte do caule do SunBot é exposta à luz, ele aquece e encolhe, fazendo com que o caule aponte a flor em direção à fonte de luz. Depois que a flor está alinhada com a radiação solar, o caule para de dobrar, criando uma sombra que permite que o material esfrie e pare de encolher.
Girassóis solares podem ser mais eficientes do que painéis
Os cientistas da universidade publicaram a descoberta na revista Nature Nanotechnology, na qual explicaram a lógica no uso de materiais responsivos inteligentes para modelar o fototropismo natural das plantas. A nanotecnologia do girassol apresentada pelo cientista Ximin He, da Universidade da Califórnia, concentra-se em materiais de inspiração biológica, como girassóis, em que os polímeros imitam as respostas naturais de plantas, animais ou até organismos fúngicos para trabalhar com mais eficiência.
O professor afirmou que a tecnologia recém-desenvolvida teria a capacidade de dobrar quantidade de coleta de energia em comparação a um painel solar. Isso tornaria a energia solar futura muito mais eficiente. A equipe de pesquisa reiterou que os SunBots poderiam fornecer uma solução há muito tempo procurada para a captação de energia através da maximização do desempenho de captação.