Levantamento confirma tendência nacional de crescimento dos consumidores que apontam uma série de descontentamentos com o preço que pagam na sua conta de luz
Um levantamento feito pela Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel), em parceria com o Ibope, mostrou que 79% dos entrevistados gostaria de ter um mercado livre para escolher a sua fornecedora de energia. O percentual é 10% maior do que o obtido na avaliação de 2018.
Segundo a Pesquisa de Opinião Pública 2019 sobre o que pensa e quer o brasileiro do setor elétrico, lançada em outubro, 68% dos entrevistados trocariam hoje a sua fornecedora de energia. Os dados revelam que 87% das pessoas consideram sua conta de energia cara, número que subiu 4% em relação ao ano passado.
Aqueles que consideram excessivos os impostos cobrados em sua conta de luz são 65%, e 64% disseram fazer esforço para economizar energia para não atrapalhar o orçamento familiar. Para 57% da população, o custo da energia cairia caso houvesse abertura do mercado.
Objetivo da pesquisa
De acordo com a Abraceel, o objetivo da pesquisa foi o de saber a opinião dos cidadãos sobre a possibilidade de escolher seu fornecedor e até mesmo de produzir sua própria energia. Foram ouvidas 2.002 pessoas, entre os dias 23 e 27 de maio, de 16 a 55 anos, em todas as regiões do Brasil.
“Os resultados apontam um crescimento constante no interesse do brasileiro em ter liberdade de escolha. O Brasil não pode caminhar na contramão do mundo. Países desenvolvidos abriram seus mercados de energia e desfrutam de uma economia e de um crescimento de produção que o nosso mercado também merece”, disse o presidente da Abraceel, Reginaldo Medeiros.
Segundo Medeiros, o mercado livre no Brasil já existe, embora restrito a grandes consumidores, que alcançaram uma economia em torno de R$ 185 bilhões nos últimos 16 anos.
Principais resultados
—> A pesquisa mostra que 65% da população considera excessivos os impostos na sua conta de luz.
—> 87% consideram cara sua conta de energia (esse número subiu 4% em relação ao ano passado).
—> 64% da população apontou um esforço em economizar energia para não atrapalhar o orçamento familiar.
—> 79% gostaria de ter um mercado livre para escolher a sua fornecedora de energia (esse posicionamento cresce com a escolaridade e foi acentuado nas capitais). Um crescimento de 10% sobre o número avaliado em 2018. Entre os pesquisados com nível mais elevado de escolaridade e renda familiar esse número chega a 82%.
—> 68% dos entrevistados trocariam hoje a sua fornecedora de energia.