Transição energética: para consecução do Plano Decenal de Expansão de Energia, projetado para 2027, nosso país precisará de investimentos na ordem R$ 226 bilhões para Geração Centralizada, R$ 108 bilhões para Transmissão e R$ 60 bilhões para Geração Distribuída
Por
* Zelmute Marten
Ventos Verdes Comunicação Integrada
ventosverdes@gmail.com
A transição energética apresenta, como princípios, a descarbonização, descentralização e digitalização. As emissões de dióxido de carbono têm previsão de diminuição de 37% até 2025 e 43 % até 2030, em comparação às emissões de 2005. A estrutura energética e econômica global está em transformação e o Brasil precisa se posicionar de forma competitiva.
Acelerada inovação tecnológica, digitalização, descentralização, integração de infraestrutura, inteligência artificial, big data e internet das coisas, novos mercados, novos modelos de negócios, sustentabilidade, descarbonização e indústria 4.0 estão entre pressupostos e desafios deste novo ciclo.
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Estes aspectos estiveram presentes na palestra do presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Thiago Barral, na Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), em julho passado. Para consecução do Plano Decenal de Expansão de Energia, projetado para 2027, nosso país precisará de investimentos na ordem R$ 226 bilhões para Geração Centralizada, R$ 108 bilhões para Transmissão e R$ 60 bilhões para Geração Distribuída.
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O desafio da expansão prevê a ampliação de geração da capacidade instalada total de 158 GW para 220 GW em 2027, com mais 40%, o equivalente a 55 mil km novos de rede básica, subindo de 142 mil km em 2017 para 197 mil km em 2027.
A eficiência energética e o aumento das fontes renováveis consolidam este cenário, embora permaneça presente a importância das hidrelétricas. Em 2027, a eficiência energética representará 8% do patamar de consumo final energético do Brasil observado em 2017. A perspectiva apresentada é de elevação da carga em 3,6 % ao ano, em média, até 2027.
Para concretizar a ampliação de geração da capacidade instalada, estão previstos crescimentos de fontes na seguinte ordem: Eólica (15 GW), UTE CA + Tec. Armazenamento (13 GW), Geração Distribuída (12 GW), Hidrelétrica (9 GW), Solar (9 GW), Térmica (8 GW) e Outras Renováveis (5 GW).
A EPE é uma empresa pública vinculada ao Ministério de Minas e Energia. Desenvolve estudos e estatísticas energéticas para subsidiar a formulação, implementação e avaliação da política energética nacional. Integrante com direito a voto do Conselho Nacional de Política Energética – CNPE. Atua para quantificar os requisitos do sistema e quais atributos são necessários para garantir o suprimento à demanda, definir os produtos/serviços e respectivos mercados e mecanismos de contratação, para segurança e atendimento de forma eficiente e competitiva. Desenvolver ações de médio e longo prazo, promovendo ações de curto prazo, alinhadas com o longo prazo.
*Parceiro da Elysia