Entre janeiro e junho de 2024, a CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica) completou a migração de 10.956 consumidores para o Mercado Livre de Energia. Esse é o maior volume já registrado desde a criação desse ambiente de contratação, em 1995. Em comparação, o ano de 2023 teve 7.397 adesões.
Dessa forma, 89,3% das novas adesões foram de pequenos e médios consumidores com cargas abaixo de 0,5 MW, conhecidos como clientes varejistas. Esses consumidores se beneficiaram da mudança nos critérios de acesso, iniciada em janeiro.
Com a Portaria 50/2022, consumidores menores conectados à alta tensão (Grupo A), como farmácias, padarias e supermercados, puderam migrar para o mercado livre. Assim, o maior número de migrações ocorreu nos setores de comércio (2.872 unidades), serviços (2.809 unidades) e alimentício (1.261 unidades).
Só o estado do Rio Grande do Sul conta-se com 1.089. Além disso, para 2024, projeta-se a migração de 25.226 unidades consumidoras para o mercado livre.
Atualmente, o mercado livre conta com 48.919 consumidores. No primeiro semestre, esses clientes consumiram 27,1 mil MW médios, que representam 37,5% da eletricidade total demandada no país.
Por enquanto, consumidores residenciais do Grupo B ainda não têm acesso ao mercado livre. Contudo, o Ministério de Minas e Energia planeja abrir totalmente o mercado até 2030.
Alexandre Ramos, presidente do Conselho de Administração da CCEE, afirma que a entidade está pronta para essa abertura total. Ele defende a portabilidade da conta de luz para todos os cidadãos, o que aumentaria a competitividade e reduziria os custos. Assim, a CCEE continua investindo em tecnologias e processos para estar preparada quando a regulamentação necessária for finalizada.
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