No primeiro semestre de 2024, o Brasil registrou um aumento de 6,8% no consumo de energia, totalizando 71.317 MW médios
Esse aumento, que se destaca em comparação com o mesmo período do ano anterior, deve-se a dois fatores principais: o calor intenso, que levou a um uso mais frequente de aparelhos de ar-condicionado, e a performance dos 15 setores econômicos monitorados pela Câmara, que compram energia no mercado livre.
No ambiente regulado, o consumo de energia foi de 44.551 MW médios, refletindo um aumento de 5,3% em relação ao primeiro semestre do ano passado.
Por outro lado, no mercado livre, o consumo atingiu 26.760 MW médios, representando um aumento anual de 9,5%.
Além disso
A CCEE destacou que os números não incluem a exportação de energia para a Argentina e o Uruguai, que foi de 136 MW médios no primeiro semestre.
Considerando as exportações de 2024 e do mesmo período de 2023, o SIN teve um crescimento de 4,8%, enquanto o ACL cresceu 4,1%.
Adicionalmente, todos os 15 setores monitorados pela CCEE mostraram um aumento no consumo de energia nos primeiros seis meses do ano. Em particular, os setores de Saneamento, Serviços e Comércio se destacaram, com aumentos de 40%, 24% e 23%, respectivamente.
Nesse contexto, os setores de Serviços e Comércio foram particularmente influenciados pelo aumento das temperaturas, o que levou a um uso mais intenso de ar-condicionado em locais como shoppings, supermercados e hotéis.
Regionalmente, todos os estados brasileiros registraram um aumento no consumo de energia. Além disso, sete estados apresentaram crescimento de dois dígitos em comparação com o mesmo período do ano passado.
Amazonas, Acre e Mato Grosso do Sul destacaram-se com aumentos de 18%, 16,2% e 14,8%, respectivamente, devido principalmente às ondas de calor.
Em contraste, o Rio Grande do Sul teve o menor crescimento, de apenas 0,7%, impactado por uma tragédia climática em maio e junho, que reduziu a demanda por eletricidade.
Finalmente, na geração de energia, as fontes renováveis tiveram um bom desempenho no primeiro semestre.
As hidrelétricas, que são a principal fonte de energia do Brasil, forneceram mais de 54 mil MW médios à rede, resultando em um aumento de 2,4% em relação ao mesmo período do ano passado.
Além disso, eólicas, solares e usinas a biomassa também aumentaram sua produção, gerando juntas mais de 15 mil MW médios.
Conheça nossas soluções!
Leia também:
Nova Decisão da ANEEL sobre Geração Distribuída e a Inversão de Fluxo
Energia solar por assinatura no Brasil: Entenda quais são os obstáculos e as expectativas