Conta de luz cresce acima da inflação em junho, entenda o motivo.
O IBGE divulgou nesta quarta-feira (10) que o IPCA de junho subiu 0,21%, o que representa uma queda de 0,25 ponto percentual em relação aos 0,46% registrados em maio.
Entre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete aumentaram em junho.
No setor de habitação, a maior influência veio do aumento nas taxas de água e esgoto (1,13%) e da energia elétrica residencial, que subiu 0,3%. Esses fatores contribuíram, portanto, com 0,10 ponto percentual na inflação.
De acordo com o IBGE, o aumento nas tarifas de energia foi impulsionado pelo reajuste de 6,76% aplicado pela Cemig em Belo Horizonte (MG) em 28 de maio.
Para calcular o índice de junho, o IBGE comparou os preços coletados entre 30 de maio e 28 de junho de 2024 com os preços de 1º a 29 de maio de 2024.
O indicador, por sua vez, abrange famílias com renda de 1 a 40 salários mínimos e cobre, além disso, dez regiões metropolitanas, bem como. Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e Brasília.
Em 2023, a tarifa de energia elétrica residencial subiu 9,52% no Brasil, superando a inflação de 4,72%, segundo o IBGE.
Esse aumento ocorreu apesar das condições favoráveis nos reservatórios das hidroelétricas e da vigência da bandeira verde durante todo o ano passado.
De fato, Belo Horizonte registrou a maior alta acumulada entre as capitais, com 27,97% em 2023.
Em seguida, Curitiba (20,69%), Salvador (17,14%), Rio Branco (13,29%) e Vitória (13,29%) também apresentaram altas significativas.
Além disso, nenhuma capital ou cidade analisada pelo IBGE registrou redução na tarifa de energia elétrica no ano passado. As menores altas ocorreram em São Paulo (1,41%), Brasília (3,39%) e Fortaleza (4,85%).
Para 2024, a ANEEL projeta, portanto, um aumento médio de 5,6% na conta de luz, o que está acima da inflação estimada em 3,9% pelo mercado financeiro.
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