4 importantes resultados da Cúpula de Líderes sobre o Clima

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Preocupados com o futuro do clima, países participantes se comprometeram com planos verdes de recuperação econômica da Covid-19

Na semana passada, 41 líderes mundiais foram convidados a debater os impactos das mudanças climáticas – e apresentaram as suas ações ambientais de redução da emissão de carbono.

A cúpula será um marco fundamental rumo à COP26, a conferência climática da ONU, em novembro de 2021, antes da qual espera-se que os países apresentem compromissos climáticos nacionais mais fortes no âmbito do Acordo de Paris. 

Conheça quatro resultados importantes da Cúpula de Líderes sobre o Clima:

1 – EUA se compromete a reduzir emissões à metade até 2030 e aumentar significativamente o financiamento climático

O presidente Biden anunciou uma nova meta de redução de emissões para 2030. Essa meta será parte do compromisso nacional dos Estados Unidos no âmbito do Acordo de Paris, conhecido como contribuição nacionalmente determinada (NDC). Para combater o desafio climático e ajudar a estimular uma economia forte e equitativa, a gestão de Biden deve se comprometer a reduzir as emissões pela metade em relação aos níveis de 2005 até 2030. Essa também é uma oportunidade importante para os Estados Unidos demonstrarem que serão uma liderança no corte de emissões de metano, um gás de efeito estufa muito potente.

Além disso, mais de mil cientistas reivindicaram que o presidente Biden reduza as emissões pela metade até 2050, e um grupo de grandes empresários, que acumulam juntos mais de US$ 1,4 trilhão em receitas anuais apoiou uma NDC ambiciosa para os Estados Unidos.

Na administração de Trump, o governo federal dos Estados Unidos ficou à margem (ou pior) por quatro longos anos. Uma meta suficientemente ousada de redução de emissões nos EUA para 2030, junto a um maior apoio financeiro para os países em desenvolvimento, são ingredientes essenciais para incentivar ações mais ousadas por parte de outras nações. 

2 – As principais economias anunciaram metas de emissões para 2030 alinhadas às trajetórias de emissões líquidas zero

Países como  Japão, Coreia do Sul, Canadá e China anunciaram metas climáticas mais fortes para atingir o zero líquido nas emissões por volta da metade do século. Ano passado, o Japão e a Coreia do Sul anunciaram metas de redução de emissões que não estavam alinhadas com suas metas de zero líquido para 2050. Ambos os países, no entanto, apresentaram NDCs mais ambiciosas antes da COP26. O Canadá, por sua vez, ainda apresentou seu plano de meta de emissões mais forte para 2030.

Outros países – como Índia, Indonésia e África do Sul – também aumentaram sua ambição. Eles sinalizaram o comprometimento com ações climáticas mais ousadas antes da COP26 e contribuam com os esforços globais para evitar os impactos climáticos mais perigosos e onerosos. 

3 – Países devem aumentar o financiamento climático para nações em desenvolvimento e suspender financiamento de carbono

O governo Biden anunciou que vai elaborar um plano de financiamento climático demonstrando como os Estados Unidos utilizarão de forma estratégica diferentes instituições financeiras para ajudar países em desenvolvimento a empreenderem ações climáticas ambiciosas. O plano vai ajudar a preparar o terreno para a reunião dos líderes. É essencial apoiar os países em desenvolvimento na instalação de energia limpa, na proteção das florestas e na construção de resiliência aos impactos climáticos, cada vez mais severos.

O plano de financiamento climático deve indicar como os Estados Unidos vão aumentar o financiamento para acompanhar os esforços de outros doadores importantes, que contribuem mais se considerada uma base per capita e por parcela do produto interno bruto. O plano também deve incluir um novo compromisso com o Fundo Verde para o Clima, incluindo a definição de como o país entregará os US$ 2 bilhões em financiamento prometidos em 2014 e ainda não pagos e uma nova promessa para igualar outras nações que recentemente dobraram suas contribuições.

4 – As nações se comprometeram com planos verdes de recuperação econômica da Covid-19

Mais de um ano depois do início da pandemia de Covid-19, países em todo o mundo gastaram US$ 16 trilhões em respostas à crise. Embora alguns deles, a maioria na Europa, tenham aproveitado a oportunidade para combater as crises econômica e climática ao mesmo tempo, a maior parte das medidas de estímulo em resposta à Covid-19 estão sustentando o modelo econômico tradicional. 

No último ano, governos anunciaram mais incentivos para combustíveis fósseis do que para energia limpa. Esse é um erro terrível: pesquisas mostram que cada dólar gasto em infraestrutura de energia limpa ou conservação de ecossistemas cria mais empregos e tem um retorno econômico de duas a sete vezes maior do que se fosse gasto em setores não sustentáveis. Depois de uma queda nas emissões globais de dióxido de carbono na maior parte de 2020 por causa das quarentenas e lockdowns, em dezembro as emissões já haviam aumentado para níveis mais altos do que no mesmo mês em 2019.

A Cúpula de Líderes sobre o Clima foi uma oportunidade para o mundo redefinir seu curso e se comprometer com uma trajetória de recuperação da Covid-19 mais favorável ao clima, resiliente e justa. 



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